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NOTÍCIAS sábado, 16 de Fevereiro de 2019, 08h:04 | - A | + A

MASTITE

Demonstração de Métodos ensina agricultores a prevenir doenças no rebanho leiteiro

Por: Assessoria

Foto por: Extensionista/Empaer

Foram apresentados os métodos da caneca de fundo preto e a CMT (Califórnia Mastit Test)

Foram apresentados os métodos da caneca de fundo preto e a CMT (Califórnia Mastit Test)

No Assentamento Rural Serra das Laranjeiras, localizado no distrito de Nossa Senhora da Guia em Cuiabá, na propriedade do produtor Roberto Carlos Alves, foi realizada uma Demonstração de Métodos (DM) para detectar a mastite, inflamação das glândulas mamárias causada por bactérias, fungos, algas ou vírus no rebanho leiteiro. Para ensinar a identificar a doença foram apresentados os métodos da caneca de fundo preto e a CMT (Califórnia Mastit Test). O evento contou com a participação de 11 produtores rurais.

O zootecnista da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antônio Rômulo Fava, fala que os testes da mastite ou mamite são necessários para obter leite de qualidade com técnica simples de higiene e cuidados básicos. Conforme Fava, a doença é uma das que mais acometem a pecuária leiteira e causam prejuízos com a redução da quantidade e qualidade do leite produzido, descarte precoce ou pela morte do animal. Além das perdas, a enfermidade pode causar riscos à saúde humana devido a eliminação de microorganismos e toxinas no leite consumido.

 

De acordo com Antônio, o leite de qualidade deve apresentar baixa Contagem de Bactérias Totais (CBT), baixa Contagem de Células Somáticas (CCS) e ausência de resíduos químicos (medicamentos). E para manter a qualidade do leite é necessário um conjunto de medidas junto ao rebanho leiteiro que pode ajudar no controle da doença. Como por exemplo, realizar testes clínicos que apontem a doença, desinfecção dos tetos antes da ordenha e secagem com papel toalha.

 

Durante a Demonstração de Métodos foi ensinado como evitar a transmissão da doença seguindo o protocolo da linha de ordenha, ou seja, as vacas sem a doença devem ser ordenhadas primeiro, em seguida as que possuem a doença em sua forma subclínica e, por último, os animais com mastite clínica. “As vacas com mastite crônica devem ser isoladas do restante do rebanho e seu leite descartado durante todo o período do tratamento. Sobretudo, elas devem ser acompanhadas durante as duas primeiras semanas pós tratamento”, enfatiza.

 

O zooctenista da Empaer comenta que no município de Cuiabá estão cadastradas 900 propriedades rurais que trabalham com a pecuária, o que representa de 8% a 15% de propriedades que exploram a atividade. Destas, 80% do volume de leite produzido é destinado para produção artesanal de queijo frescal, que são comercializados nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. O sistema de exploração utilizado é a pasto, com baixa tecnificação em melhorias genéticas do rebanho e poucas propriedades dispondo de volumosos alternativos para enfrentar a escassez de forragem durante o período seco do ano.

O evento foi realizado na quarta-feira (13.02). Participaram da DM, o presidente da Associação do Assentamento Serra das Laranjeiras, Valdir Ferreira Miranda, extensionistas da Empaer, Lucas Estevão da Silva Freire, Tânia Mara Ferreira Buzzi, produtores e outros.

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