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NOTÍCIAS sábado, 21 de Setembro de 2019, 07h:00 | - A | + A

SAÚDE

Tangará vai receber treinamento para diagnóstico da hanseníase

Proposta do curso é assegurar a qualidade na assistência às pessoas com a doença

Por: Marlenne Maria com Assessoria

Foto por: Tchélo Figueiredo - Secom/MT

Estado uniu os esforços com outras entidades visando ao cumprimento das ações previstas no Plano Estadual Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase (PEHAN).

Estado uniu os esforços com outras entidades visando ao cumprimento das ações previstas no Plano Estadual Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase (PEHAN).

A capacitação, que já teve uma etapa realizada no Norte do estado, é custeada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), em parceria com o Instituto Alliance Against Leprosy, Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL) e Secretarias Municipais de Saúde. “Há uma escolha estratégica, por parte do Governo do Estado, pelo diagnóstico precoce da doença e pela execução do Plano Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase.

 

Neste cenário, Mato Grosso faz um grande esforço junto à atenção primária, com um trabalho efetivo de qualificação das equipes de saúde”, explica o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo. De acordo com a coordenadora de Atenção às Doenças Crônicas da SES-MT, Ana Carolina Landgraf, o Estado uniu esforços com outras entidades visando ao cumprimento das ações previstas no Plano Estadual Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase (PEHAN), que prevê uma série de capacitações para os profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso.

 

“Com esta parceria, será possível capacitar os profissionais da atenção primária, dos ambulatórios de atenção especializada regionalizados em hanseníase e de outros serviços de saúde disponíveis nas regiões, com foco no cumprimento das metas do Plano Estadual”, pontua a gestora.

 

Entre as metas do Plano Estadual, estão aumentar a percepção diagnóstica para a identificação de novos casos em estágio precoce da doença; implementar as ações de busca ativa e avaliação dos contatos das pessoas acometidas pela hanseníase; qualificar o tratamento e a reabilitação em hanseníase com foco na melhoria da qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença.

 

Durante o curso, os participantes tem aulas teóricas de epidemiologia, diagnóstico e assistência. Nas aulas práticas, eles serão responsáveis pela avaliação de pacientes com suspeita da doença. Participam do curso médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêutico-bioquímicos, odontólogos, técnicos da atenção primária e representantes dos ambulatórios de atenção especializada em hanseníase dos municípios.

 

A equipe de profissionais de saúde da Secretaria de Estado de Segurança Pública, que atuam nas penitenciárias da região, também integram a capacitação.

 

Em Tangará da Serra a capacitação está prevista para ocorre entre 30 de setembro e 04 de outubro, em onde profissionais de 11 municípios serão qualificados. A cidade de Rondonópolis sediará o curso em novembro.

 

De março a agosto de 2020, a SES e demais parceiros seguem com o curso em outras regiões de saúde do Estado.

 

Os parceiros

 

A Alliance Against Leprosy – em português “Instituto Aliança Contra a Hanseníase” – é uma associação civil sem fins lucrativos, com atuação em pesquisa, educação e filantropia na área de hanseníase, com sede Curitiba (PR).

 

Já o Instituto Lauro de Souza Lima presta um serviço de referência em dermatologia geral para a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; a Organização Mundial da Saúde (OMS) também o considera uma referência no tratamento da doença, sobretudo na América Latina e em países de língua portuguesa.

 

O Instituto Lauro de Souza Lima cede o professor para ministrar os cursos; a SES-MT custeia a passagem do professor e sua hospedagem; enquanto o Instituto Aliança Contra a Hanseníase custeia as horas do professor e a Escola de Saúde Pública de Mato Grosso certifica os profissionais que concluíram a capacitação.

 

Sobre hanseníase

 

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria mycobacterium leprae, que se multiplica lentamente e pode levar de cinco a dez anos para emitir os primeiros sinais e sintomas. A doença afeta principalmente os nervos periféricos e está associada às lesões na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade.

 

Dados de 2018 mostram que, em Mato Grosso, aproximadamente 4,7 mil pessoas foram diagnosticadas com hanseníase. Esses números colocam o Estado na categoria de hiperendêmico. Para combater essa realidade, foi criado o Plano Estadual Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase (PEHAN), que propõe ações de prevenção e enfrentamento da doença em Mato Grosso, com a participação do Estado e dos 141 municípios mato-grossense.

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