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NOTÍCIAS quinta-feira, 22 de Agosto de 2019, 12h:55 | - A | + A

PROPINA E DESVIOS

Valtenir Pereira é alvo de operação da PF em Mato Grosso

Por: Gazeta Digital

Chico Ferreira

Ex-deputado federal e atualmente suplente, Valtenir Pereira (MDB) é alvo da operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (22) para combater esquema de desvio de recursos públicos federais e pagamento de propinas em duas prefeituras de Mato Grosso.

 

Conforme a PF, documentos apreendidos e analisados desde 30 de janeiro, apontam que o ex-deputado teria montado um esquema criminoso em conluio com empresas e prefeitos de Confresa e Serra Nova Dourada, no período de 2014 a 2016.

 

Estima-se que o esquema tenha utilizado cerca de R$ 601 mil em pagamento de propina. 

 

Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão, 3 de prisões preventivas e 7 de medidas cautelares estão sendo cumpridos em 5 municípios de Mato Grosso e também em Brasília (DF).

O ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB) postou nas redes sociais uma nota de esclarecimento após sua casa ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Tapiraguaia, na manhã desta quinta-feira (22). No texto, ele afirma inocência e que esclarecerá o caso junto ao Poder Judiciário.

 

Na nota, Valtenir afirma estar surpreso com o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua casa, realizado no “dia do aniversário da minha filha”, diz ele no texto.

 

 Ele afirma que não teme as investigações e que médio os governos entre as prefeituras e o governo Federal de forma lícita. “Estou absolutamente tranquilo porque não fiz nada de errado. A relação que tenho com as prefeituras em questão é institucional”.

 

Pereira, que atualmente é suplente de deputado federal, enfatizou que “tudo será devidamente esclarecido na instância adequada” e que está “à disposição das autoridades”.

 

As investigações da Polícia Federal mostraram que o então deputado teria viabilizado convênio do governo Federal com as prefeituras de Confresa (1.160 km a Nordeste de Cuiabá) e Serra Nova Dourada (1.125 km a Nordeste), com a justificativa da construção de pontes de concreto emergenciais.

 

No entanto, os prefeitos realizam licitações com irregularidades, com fraudes para que determinados empresários ganhassem os processos, além de medições fraudulentas e atestados de serviços que não eram realizados, mas mesmo assim pagos. Segundo a PF, as propinas pagas eram repassadas aos prefeitos e também ao ex-deputado, por meio de contas de terceiros.

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