Foto: Nayana Bricat/TV Centro América
Um caso chamou a atenção e deixou pais assustados ao final da manhã desta quarta-feira (20) em Tangará da Serra. Funcionários da Escola Plena Ramon Sanches Marques perceberam a atitude suspeita de um aluno, um jovem de 16 anos. Diante disso, acionaram a Polícia Militar, que compareceu ao local para fazer um cerco. Após alguns minutos de tensão, a guarnição da PM logrou êxito na localização do rapaz. Com ele, foram encontradas 34 munições intactas de uma pistola 380 e um cachimbo. Os policiais fizeram varredura na escola na tentativa de localizar uma arma, mas nada foi encontrado.
Alguns pais se dirigiram até a escola para buscarem seus filhos. Alunos choravam, temendo que algo pior pudesse acontecer. O menor de idade apreendido alegou que o material havia sido furtado por ele mesmo, da casa da patroa de sua mãe. Diante dos fatos, ele acabou conduzido para a Delegacia de Polícia para prestar maiores esclarecimentos.
Violência nas escolas
Há exatamente uma semana, dois atiradores invadiram a Escola Estadual Raul Brasil na cidade de Suzano em São Paulo. Eles assassinaram cinco alunos, duas funcionárias, um matou o outro e cometeu suicídio. Além das mortes, onze ficaram feridos. Ontem (19), um menor de idade foi preso a pedido das autoridades. Ele é suspeito de ter participado do planejamento do ataque.
Casos semelhantes
Após o trágico acontecimento de Suzano, um grupo foi criado no Telegram (rede social similar ao WhatsApp) com alunos da Escola União e Força, do município de Cáceres-MT. Ao todo, 18 integrantes estavam no grupo, que acabou sendo denunciado por conter trocas de mensagens que insinuavam a execução de um atentado semelhante ao da cidade paulista, na escola. O caso chegou aos investigadores da Polícia Civil da cidade, que colheu os depoimentos. Após as oitivas, foi constatado que era uma brincadeira e os alunos passarão por atendimento psicológico.
A barbárie de Suzano preocupa as autoridades por ser possível motivação para possíveis novos atentados em escolas. No estado de Mato Grosso, além de Cáceres, houve registro de atitude semelhante via WhatsApp em Porto Espiridião. Um jovem de 18 anos, aluno de uma escola que atende na zona rural da cidade, fez um comentário a respeito do massacre em um grupo da escola. O caso também foi parar nas mãos da polícia, que ouviu o autor dos comentários. Ele declarou estar arrependido e envergonhado do que fez.
No último dia 15, no Distrito de Deciolândia, um jovem morador do distrito de Deciolândia postou uma foto segurando uma arma com a legenda "Tô pronto para o massacre na Decio". A Polícia foi informada e foi até a casa do rapaz. Lá, os policiais constataram que a arma era de brinquedo. O jovem afirmou aos policiais que iria brincar com amigos mais tarde de Airsoft e alegou que a postagem era uma brincadeira entre ele e os companheiros.
Na noite desta terça-feira (19) em Tangará da Serra, outro caso também foi registrado. Um perfil fake foi criado no Facebook. Nele, continha uma mensagem que dizia que um massacre seria cometido na Escola Estadual 13 de Maio, localizada na principal avenida da cidade. O texto ainda dizia que o diretor da instituição havia acionado reforço policial. Pais e alunos procuraram a coordenação da escola, que os tranquilizou, informando se tratar de mais um boato. A Polícia Civil investiga o caso, na busca de identificar o autor da fakenews.