Tangará da Serra/MT, 26 de Abril de 2024
SINALIZANDO GREVE
Paulo Desidério / Gazeta FM
A presidente da Subsede do Sintep Tangará da Serra, Francisca Alda de Lima, esteve nos estúdios da Gazeta FM em entrevista ao Tribuna.
Em novembro e dezembro de 2018 não foram pagos o 13º salário. Os servidores públicos do estado recebem este pagamento no mês do seu aniversário. “Os contratados também não receberam salários de dezembro e existe proposta de escalonamento de salários. Até mesmo os servidores efetivos estamos aguardando o pagamento de dezembro do ano passado”, disse Francisca. Segundo ela, já aconteceram duas reuniões do Fórum Sindical, que representa cerca de 10 sindicatos de servidores do estado com a nova equipe de Governo. “Estamos ouvindo dramas, ameaças, tramas e etc. O Fórum Sindical está bastante preocupado e os servidores atentos e muitos já passando por dificuldades, porque salário serve para comprar alimentos e medicamentos e prejudica muito a sociedade”.
Francisca Alda explicou que na reunião de ontem na capital do estado foi encaminhado que a categoria se reúna em assembleias para definir o que será feito nas próximas semanas. “Certamente neste ano ainda enfrentaremos uma grande greve no estado de Mato Grosso. No momento o fórum decidiu consultar as categorias. Faremos as assembleias e depois haverá definição de acordo com a reação da categoria. Há possiblidade de greve sim”, disse.
Em Tangará da Serra a Assembleia será convocada para a próxima semana haja vista as férias da categoria. “Vamos convocar para os próximos dias para definirmos os direcionamentos”.
Sobre as assembleias na capital ela destaca: “As reuniões acontecem, porém, o Governo alega falta de recursos, funcionários fantasmas e laranjas. O próprio Governador disse que existem funcionários que fazem limpeza e servem café recebendo até 16 mil reais. Sabemos que o salário dos trabalhadores desta categoria é no máximo 2 mil, 2.300,00. A preocupação é porque a responsabilidade é do Executivo de fazer estas correções. Nós trabalhadores não podemos responder por estas ingerências e nem podemos fazer estas fiscalizações”, disse Francisca, destacando que a pauta de reivindicações dos servidores vai além dos salários atrasados e inclui o pagamento da RGA que causou muita polêmica já no ano passado.